No primeiro semestre do ano de 1971 juntaram-se no BII 17, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, a grande maioria dos elementos que haveriam de formar as companhias de caçadores 3412, 3413 e 3414, as duas primeiras com “guia de marcha” para Angola, a outra para a Guiné.
Já se passaram 43 anos e certamente muitos daqueles que ali estiveram tiveram já oportunidade de visitar aqueles lugares. A beleza dos Açores vale uma visita por si só, mas para quem ali esteve na sua juventude há também a curiosidade de voltar ao lugar que guardamos na nossa memória. Foram estes dois motivos que me levaram agora aos Açores na companhia de outro companheiro, o António Penedo.
O monumento a Almeida Garrett no jardim de Angra do Heroísmo serviu de palco a muitas fotos como esta onde estão elementos das três companhias, aceitam-se identificações.
O monumento e o jardim bem tratado lá continuam e como é natural não resistimos à foto da praxe.
O BII 17, agora RG1 na base do monte Brasil também não podia ficar de fora e agora com mais 2 companheiros açorianos, um com encontro marcado, outro aparecido de improviso revivemos aquele espaço onde tudo continua na mesma.
O Manuel Dutra de Lima e o Francisco Leal da Silva, respectivamente do 2º e 4º grupos de combate, ambos naturais da freguesia de Porto Judeu, Terceira, o Lima emigrado nos EUA, o Silva radicado na sua terra natal.
Em S. Miguel a “ordem de serviço” incluía também o reencontro com outro companheiro que já estava de pré-aviso e com quem o Penedo e o Maia tinham estado há pouco tempo na Figueira da Foz.
Na vila da Povoação com o nosso anfitrião, o Henrique César Furtado Câmara, do 4º grupo de combate.
Na paragem em Vila Franca do Campo, associei outro companheiro do 2º grupo, de seu nome Miguel Maurício de Chaves e não perdi a oportunidade de inquirir um homem da terra, sobre o seu paradeiro, revelando que o mesmo está radicado no Canadá.
Muitas memórias foram evocadas e recordadas e no último dia passeando na marginal de Ponta Delgada vislumbramos um navio a aproximar-se do porto. Era o “Funchal” que já estivera na sucata e que voltou a navegar, o mesmo que em 1971 nos levou para os Açores e nos trouxe de volta.
Há mar e mar, há ir e voltar e termino com uma homenagem ao nosso companheiro que de modo diferente regressou à sua terra natal. Na placa com o nome dos açorianos mortos em campanha presente no forte de Ponta Delgada, lá figura o nosso homenageado António de Amaral Machado.
Um abraço para todos, despeço-me com a célebre frase que conhecemos desde 1971 e ainda está bem presente no quotidiano açoriano.
Mário Mendes