A Província do Zaire
Situa-se no norte de Angola e tem uma superfície de 40.130 Km2 (quase metade de Portugal Continental). É constituída por 6 municípios: M´Banza Congo (ex-S.Salvador do Congo), Cuimba, Noqui, N´Zeto (ex-Ambrizete), Soyo (ex-S.António do Zaire) e Tomboco.
O clima é tropical húmido e a temperatura média anual situa-se entre 24 e 26 graus. A etnia dominante pertence ao grupo Bakongo e a língua nacional mais falada é o Kikongo.
Pelo censo de 2004 a população da província era de cerca de 330 mil habitantes, sendo que a capital M´Banza Congo tinha cerca de 50 mil. Em 2009 a população deve ser em muito maior número, dado que há algum tempo se assiste ao repatriamento de muitos angolanos que durante a guerra foram para a RDCongo.
Pratica-se uma agricultura de subsistência e os principais produtos são a mandioca, o amendoim, a batata-doce, os feijões, a bananeira, a palmeira e o cajueiro. No tempo da guerra colonial havia também algumas plantações de café na parte sudeste, mas a produção foi diminuindo após a independência e actualmente tem uma expressão diminuta.
Quanto à pecuária pratica-se a criação de caprinos, suínos e galináceos em toda a sua extensão. Os ovinos existem essencialmente no litoral, e quanto aos bovinos não têm tradição na região por causa da ocorrência em muitas áreas da mosca tsé-tsé, tendo desaparecido completamente os poucos efectivos das experiências coloniais.
Na costa, a pesca artesanal é uma das fontes mais importantes de rendimentos de uma parte da população, e algum peixe é trocado por produtos agrícolas do interior.
Os principais rios são o Zaire, na fronteira norte, que desagua no Soyo e o M´Bridge que tem a foz em N´Zeto.
A maior riqueza da província é o petróleo que se extrai no Soyo, mas essa riqueza em nada tem servido para o desenvolvimento da província, que continua com infra-estruturas muito deficientes. Das 20 comunas só uma tem problemas de água e energia resolvidas (Musserra).
O espaço geográfico da província caracteriza-se por um mosaico de savana e de floresta densa húmida valorizada por algumas espécies de madeira dura de alto valor como o pau-preto (na época colonial havia serrações em Kelo, Tomboco e Mama Rosa, que estão paralisadas há bastante tempo).
Fonte: Portal de Angola